Eu não te amo. E que isso fique bem claro. Não te amo nem
um pingo, nem em dias de chuva e nem ouvindo Djavan num dia frio. È como uma
anomalia, no meu caso que sou toda e completamente coração.
Eu te desejo! Desejo como nunca desejei nem a quem amava
com a minha mais desastrosa intensidade. Desejo com as minhas mãos, pernas,
braços… com todos os pedaços do meu corpo.
Desejo essa voz que me sussurra intermináveis palavras
que me fazem tremer inteira. Desejo tudo aquilo que imagino quando fecho os
olhos.
Odeio e enlouqueço com essa capacidade que você tem de me
tirar do sério, das regras, da razão...
Onde você encontrou o meu manual? Como conseguiu decorar
o capítulo onde ensina como me tirar arrepios?
Sabe que eu fujo e vou continuar fugindo… mas sabe que eu
não quero abrir mão da sua insistência. Não posso ficar sem isso...
A diária iminência do “quando”, me persegue… quando terei
um beijo seu, quando terei o seu corpo, quando serei sua, quando matarei todas
as minhas vontades, quando essa fome vai passar… quando devo esquecer toda essa
loucura, quando devo recuar?
Negarei três vezes: Eu não
te amo, eu não te amo, eu não te amo. Só não negarei o que não pode ser negado,
o que não pode ser escondido, o que não pode ser disfarçado: Eu amo desejar
você!